A Região da América Latina e do Caribe é líder mundial em desigualdade, com cerca de 44% de seus habitantes vivendo em condições de pobreza (2003) e os jovens são particularmente afetados por essa situação: 58 milhões deles são pobres e 21,9 milhões, extremamente pobres. Mas definir os jovens da América Latina e do Caribe somente com base em seus problemas seria incorreto e injusto. O engajamento desses jovens em movimentos e organizações sociais e sua crescente influência em políticas públicas evidenciam que eles fazem parte da solução para o problema do subdesenvovimento latino-americano. Não se trata então de como transformar os jovens, mas como eles podem contribuir para transformar a sociedade. O Programa da Fundação W.K. Kellogg para a América Latina e o Caribe coloca os jovens como protagonistas do desenvolvimento. A maior parte dos programas para jovens da região busca oferecer-lhes melhores oportunidades de educação e emprego. A Fundação Kellogg, por sua vez, prefere investir diretamente nos jovens, ajudando a criar um ambiente comunitário que lhes permita crescer individualmente e contribuir para o bem-estar social e econômico. No primeiro estágio, os jovens envolvem-se avidamente em atividades para fortalecer a auto-estima, ampliar habilidades pessoaus ou oferecer alternativas de formação profissional. No segundo, os jovens são incentivados a formar grupos e realizar ações para a melhoria das comunidades, enfocando aspectos que eles próprios consideram importantes, como eventos culturais ou esportivos. No terceiro estágio, as atividades dos jovens se tornam institucionalizadas por meio, geralmente, de mudanças nas políticas públicas. No entanto, é difícil que instituições estejam abertas aos jovens. Por isso, experiências nateriores demonstraram que a utilização de uma abordagem integrada centrada nos jovens e voltada para o desenvolvimento é a forma mais eficiente de garantir a diminuição de pobreza. A Fundação Kelogg levantou questões importantes relativas ao papel da juventude na América Latina e no Caribe para a 75ª Conferência Latino-Americana. Com base nas respostas a essas e outras perguntas surgidas durante o evento, a Conferência levou à criação de um Chamado à Ação coletivo e critativo. Mudança, comprometimento e ação são necessários para garantir um futuro melhor aos povos da América Latina e do Caribe. Este texto reúne algumas destas discussões.”\
