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Vozes das Juventudes

Utilizamos duas diferentes metodologias qualitativas para investigar o estilo de vida, comportamento e visões das juventudes brasileiras de 15 a 29 anos.

Em parceria com:
Logo da Talk Inc

Entenda a pesquisa

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O Atlas das juventudes tem como missão produzir, sistematizar e disseminar dados sobre as diversidades, potências e desafios das juventudes para que sejam feitos os investimentos adequados para ativar o potencial desta geração e consequentemente, permitir o seu pleno desenvolvimento, construindo caminhos para um futuro mais inclusivo e próspero para todas as pessoas.

Desenvolvemos uma ampla pesquisa nacional em três etapas com o apoio de parceiros técnicos. Na etapa qualitativa do projeto, coordenada em parceria com a pesquisadora Carla Mayumi, da TALK, buscamos escutar, reunir e amplificar as vozes das juventudes e suas percepções sobre diferentes temas. Realizamos imersões etnográficas, entrevistas em profundidade e um amplo questionário virtual com jovens de todas as regiões do país.

Conheça a pesquisa!

Relatório Talk - Vozes das Juventudes
Relatório Completo Atlas das Juventudes

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Ser jovem

Ser jovem

Os pilares do difícil caminho para a vida adulta
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Internet

Internet

O paradoxo do conteúdo da Internet: preenchimento ou ilusão?
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Família

Família

A fluidez da família e seu papel de alicerce
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Religião

Religião

Religião dá suporte, ensina valores para a vida e gera pertencimento
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Espiritualidade

Espiritualidade

Espiritualidade e sincretismo para se conectar com algo maior
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Espiritualidade

Espiritualidade

Espiritualidade e sincretismo para se conectar com algo maior
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Trabalho

Trabalho

Trabalhar é a forma de projetar o futuro ao mesmo tempo em que cria o presente
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Trabalho

Trabalho

Trabalhar é a forma de projetar o futuro ao mesmo tempo em que cria o presente
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Educação

Educação

Educação como a principal chave de transformação da realidade
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Oportunidades

Oportunidades

A falta de oportunidades de trabalho é a ponta de um iceberg
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Política

Política

Uma onda de politização abrindo caminhos para o futuro
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Preconceitos

Preconceitos

Na luta diária contra os preconceitos
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Sexualidade

Sexualidade

Liberdade de orientação afetivo-sexual
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Violência

Violência

A violência que está em todo lugar
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Juventude negra

Juventude negra

Juventude negra mais consciente e preparada para ocupar espaços
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Saúde mental

Saúde mental

Solidão para enfrentar as dificuldades gera medo, ansiedade e depressão
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Consumo

Consumo

A busca por uma relação mais consciente e uma atitude mais crítica no consumo
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Ser jovem

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Os pilares do difícil caminho para a vida adulta

Para os mais jovens, entrar na idade adulta é difícil, pelos papéis e responsabilidades que mudam de forma muito abrupta. As pressões sociais e até a liberdade, assim como o olhar para o futuro, dependem unicamente dele e seu preparo individual – que muitas vezes não aconteceu.

Somado aos sentimentos naturais dessa fase, existem os pilares que o suportam, mas também algumas faltas e ausências de apoio nessa difícil caminhada. Os pilares dessa jornada são principalmente a família, a religião (para os que frequentam ou já frequentaram a igreja) e de forma menos presente do que gostariam, a escola.

"não existe a transição do jovem pro adulto. Acontece, você nem percebe. E, de repente, tudo fica muito sério, sabe?”
Mulher bissexual negra cis, 24 anos, Salvador, BA, classe C
"Ser jovem é a parte mais desafiadora da vida adulta. Porque estamos no começo dela, então estamos aprendendo e os mecanismos não são muito acolhedores."
Pessoa trans bissexual preta, 25, Ensino Superior , São Paulo, SP, classe D
"Sempre muita pressão de tudo quanto é lugar. minha vó, minha namorada, todo mundo assim: emprego, emprego, emprego e aí acabava que eu ficava doido com isso, porque era muita pressão..."
Homem cis heterossexual branco, 24 anos, Brasília, DF, classe C
"A gente não deveria precisar lutar pelos direitos, deveríamos só ter os direitos. Mas infelizmente precisamos lutar pelos direitos mais básicos. O mais triste para mim, um homem trans, jovem, negro era que eu luto pelo básico do básico, que é o direito à vida.”
Homem trans heterossexual negro, 23 anos, Cajazeiras, BA
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Para os mais jovens, entrar na idade adulta é difícil, pelos papéis e responsabilidades que mudam de forma muito abrupta. As pressões sociais e até a liberdade, assim como o olhar para o futuro, dependem unicamente dele e seu preparo individual – que muitas vezes não aconteceu.

Somado aos sentimentos naturais dessa fase, existem os pilares que o suportam, mas também algumas faltas e ausências de apoio nessa difícil caminhada. Os pilares dessa jornada são principalmente a família, a religião (para os que frequentam ou já frequentaram a igreja) e de forma menos presente do que gostariam, a escola.

Internet

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O paradoxo do conteúdo da Internet: preenchimento ou ilusão?

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A internet também aparece como um suporte. Ajuda a construir repertório, tendo grande importância para quem vive longe dos centros urbanos. Também dá a sensação de apoio emocional e é nesse ponto, principalmente, que mora o paradoxo. Pois ao mesmo tempo em que preenche algumas lacunas, deixa muitas outras abertas.
O lado leve e positivo do conteúdo que o jovem aprende na internet
A internet é fonte de conhecimentos que ajudam as juventudes a evoluírem, trazendo à tona assuntos desejados e necessários de uma forma mais democrática.
O próprio jovem reconhece que a internet distrai e causa males

“Por uma parte ela me informa e me distrai, por outra ela acaba com minha autoestima e me deixa muito ansiosa e triste.” Mulher cis hétero parda, 15 anos, Educação Médio, Aracati, CE

"É a heroína e ao mesmo tempo a vilã, pois em relação às redes sociais, elas influenciam e tiram a sua atenção da sua vida real."
Homem cis gay preto, 20 anos, Ensino Superior , Imperatriz, MA, classe B
"A gente descobriu esse mundo digital de muitas lives, então a informação está aí, né? O Youtube agora é o nosso professor fantástico.”
Mulher cis heterossexual branca, 26 anos, Vale do Capão, BA, classe B
"Vejo essa geração como uma geração dependente, principalmente da tecnologia. Não que ela seja ruim, pelo contrário. Acho que a tecnologia auxilia bastante na vida, mas tudo que é exagerado, faz mal."
Homem cis hetero indígena, 18, ensino superior, Macapá, AP, classe C
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Família

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A fluidez da família e seu papel de alicerce

A família é, na maioria das vezes, onde os jovens encontram acolhimento, suporte emocional e financeiro. O conceito de família é bastante fluido, sendo comum os jovens terem sido criados por parentes (avós, tios e tias) e até amigos da família, por diferentes motivos.

O ambiente familiar é o lugar de diálogo e isso os faz se sentirem acolhidos. Quando isso não acontece (na maior parte das vezes por questões ligadas à identidade), acontecem conflitos que, em boa parte das vezes, terminam em uma aceitação por parte da família e um reencontro, porém há exceções.

Nem todas as famílias são descritas como afetivas, mas existe uma união principalmente entre aqueles com condições mais difíceis de vida.

"Minha maior motivação é minha família que serve de exemplo para mim."
Homem cis hétero pardo, 17 anos, Ensino Fundamental, São Paulo, SP, classe E
"As pessoas mais importantes pra mim são minha tia e minha mãe. Minha tia mais financeiramente e minha mãe emocionalmente."
Homem cis hétero preto, 29 anos, Ensino Fundamental, Campo Grande, MS, classe E
"O dinheiro que a gente ganha é uma soma de todo mundo junto aqui. É pra família, mesmo, porque não tem onde gastar, aqui não tem onde comprar. É mais emergência que precisar, mesmo, pra nossa situação, aqui. Malhadeira, tem que ter malhadeira adequada. Aqui nós trabalhamos pra nós mesmos, todo mundo junto."
Homem pardo cis hetero, 21 anos, Careiro da Várzea, AM, classe E
"A gente já estava com bastante dificuldade de se manter, de não ter trabalho e a única renda que a gente tinha era da roça da minha vó, ela vendia farinha. E o único que era aposentado um tempo era meu avô, que eu chamo de pai."
Mulher indígena cis hetero, 24 anos, Santa Isabel do Rio Negro, AM, classe E
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A família é, na maioria das vezes, onde os jovens encontram acolhimento, suporte emocional e financeiro. O conceito de família é bastante fluido, sendo comum os jovens terem sido criados por parentes (avós, tios e tias) e até amigos da família, por diferentes motivos.

O ambiente familiar é o lugar de diálogo e isso os faz se sentirem acolhidos. Quando isso não acontece (na maior parte das vezes por questões ligadas à identidade), acontecem conflitos que, em boa parte das vezes, terminam em uma aceitação por parte da família e um reencontro, porém há exceções.

Nem todas as famílias são descritas como afetivas, mas existe uma união principalmente entre aqueles com condições mais difíceis de vida.

Religião

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Religião dá suporte, ensina valores para a vida e gera pertencimento

A religião é um suporte e influencia a vida desses jovens desde cedo. Funciona como complemento da formação em casa, principalmente no que diz respeito à reiterar valores, princípios, normas e caráter.

Desempenha papéis importantes, que sem ela representariam vácuos na vida do jovem: lazer, socialização, apoio emocional, aprendizados, referências de vida e até mesmo assistência social. Também existem tensões entre o jovem e a igreja que tendem a criar distância e até rompimento.

"no ensino médio conheci a Irmã Salesiana daqui e ela foi uma luz pra mim, porque eu conheci o voluntariado, comecei a ajudá-las nas pastorais, na comunidade. Ela começou a me dar uma gratificação, que já tirou um peso da minha mãe, pra eu poder comprar material pra escola, cursos, o que eu precisava de higiene."
Mulher cis hétero indígena, 24 anos, Santa Isabel do Rio Negro, AM
"Aprendi desde cedo que devemos respeitar as religiões dos outros. A religião (denominação) tem um papel muito importante no serviço social, como por exemplo: serviços sociais na distribuição de alimentos, ações sociais, campanha de agasalho e outras."
Homem pardo hétero evangélica, 27 anos, Vitória de Santo Antão, PE, classe D
"Me considero preparado para a vida. E isso é por causa da igreja que me transformou. Não me reconheço antes e depois de me converter. A igreja me ensinou a ser exemplo."
Homem cis heterossexual preto, 16 anos, Interior BA, classe D
"Desde pequena eu fui ensinada que a igreja evangélica é a certa, que precisamos ir aos cultos. mas com o passar do tempo, chegou uma hora que o povo falava na igreja que o homossexualismo é errado, então ou eu vivia sendo o que eu não era ou eu vivia o que eu era e ficaria feliz. Eu decidi isso, viver como eu sou e ser feliz. eles não vão e barrar na igreja, porque não fazem isso, mas a gente não se sente 100% confortável”
Mulher trans heterossexual preta, 16 anos, BA
"Sou umbandista e minha religião não é bem vista pela sociedade, mas sempre me deixei bem neutro, nunca comentei num debate sobre o assunto e a religião na minha vida ela é a minha base, é minha zona de conforto que eu sei que eu posso contar."
Homem cis gay pardo, 25, Ensino Fundamental , Campo Grande, MS, classe E
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A religião é um suporte e influencia a vida desses jovens desde cedo. Funciona como complemento da formação em casa, principalmente no que diz respeito à reiterar valores, princípios, normas e caráter.

Desempenha papéis importantes, que sem ela representariam vácuos na vida do jovem: lazer, socialização, apoio emocional, aprendizados, referências de vida e até mesmo assistência social. Também existem tensões entre o jovem e a igreja que tendem a criar distância e até rompimento.

Espiritualidade

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Espiritualidade e sincretismo para se conectar com algo maior

Para alguns jovens, existe a vontade de experimentar diferentes religiões.

Para outros, a igreja não atende as necessidades primárias de se conectar consigo mesmo e com Deus para criar força, crença em si mesmo, tranquilidade e abertura.

Para acomodar todas essas buscas, passa a existir então uma fusão de religiões, filosofias, rituais, objetos e crenças, resultando em um sincretismo único e personalizado.

Eu acho que a minha geração está expandindo a mente, saindo daquela coisa só de ser católico/crente/evangélico e está expandindo, procurando novos horizontes e eu acho isso muito bacana. Cada um tem que procurar o que é melhor pra si."
Mulher branca hétero católica não-praticante, 27 anos, Brasília, DF, classe D
"Eu acredito nos meus ancestrais, porque acredito que haja uma força maior, que são os que se antecederam a mim e as nossas crenças dentro do meu contexto, enquanto indígena. Eles estão, de certa forma, me protegendo”
Homem cis indígena homossexual, 21 anos, Brasília, DF, classe C
"Eu chego aqui na varanda e falo com as árvores, com os orixás. Eu acredito muito no poder da natureza, nos sinais que a natureza dá e às vezes, quando eu estou com dúvida, quando está muito difícil, eu falo mesmo em voz alta, eu peço sinais, eu vejo os sinais, eu tenho essa ligação. Sem essa comunicação eu acho que não daria, não funcionaria. Faz com que eu não me sinta só.”
Mulher cis negra bissexual, 24 anos, Salvador, BA, classe C
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Trabalho

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Trabalhar é a forma de projetar o futuro ao mesmo tempo em que se cria o presente

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Trabalhar justifica tudo o que desejam alcançar na vida adulta. E esse desejo acaba criando seu caminho de evolução na trajetória profissional.

As barreiras e oportunidades existem para qualquer um dos caminhos.

"Eu sinto que eu estou, de certa forma, nessa rotina de trabalhar, pagar contas, estou focada na casa que eu vou morar agora. Eu sinto que eu deixei os meus sonhos, os meus projetos um pouco em standby, sabe? E estou focando na realidade, no que está acontecendo agora."
Mulher cis negra bissexual, 24 anos, Salvador, BA, classe C
"já trabalhei com tudo. sempre gostei de fazer minhas coisas, de ter independência. Mesmo quando eu ainda morava com a minha mãe ainda criança eu fazia pulseira para vender junto com minhas primas, já vendi maça do amor quanto eu tinha uns 12 anos, já dei aula – nem estava na faculdade ainda.”
Homem trans heterossexual negro, 23 anos, Cajazeiras, BA, classe D
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Educação

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Educação como a principal chave de transformação da realidade

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O discurso sobre a importância da educação é um uníssono entre eles, independente de suas origens e história.

Educação é base com potencial de tornar-se uma ferramenta capaz de executar inúmeras mudanças na vida desse jovem.

"Estudar é acima de tudo um ato político."
Mulher cis hétero, 17 anos, parou no ensino médio, Piquet Carneiro, CE
"Estudar é meu único caminho e oportunidade de me transformar na melhor versão possível de mim mesma. É transformador.“
Mulher cis bissexual, superior/ graduação, 20 anos, Caçapava do Sul, RS, classe D
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Oportunidades

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A falta de oportunidade de trabalho é a ponta de um iceberg

Oportunidade é palavra permanente no discurso dos jovens e está relacionada à muitas faltas, que compõe um conjunto generalizado de falta de perspectiva que contribuiu para um cenário mais pessimista.

A sensação da falta de oportunidade é ampla e acaba revelando todos os tipos de escassez, começando pelo falta de acesso: à informação, à internet, a uma educação de qualidade.

Essas faltas desembocam na falta concreta de oportunidades: empregos, ferramentas e capacitação, referências, exemplos e incentivos.

Mesmo tendo que lidar individualmente com cada um desses desafios diariamente, eles não tem uma visão sistêmica dessas “faltas”. Sua visão é muito mais pontual, por necessidade, que resulta num discurso de exaustão e revolta, que tem impactos na saúde mental desse jovem.

Está um pouco difícil, pensando na educação não está tão boa. Oportunidade para os jovens de renda baixa não existem muitas, da gente frequentar uma faculdade, fazer algo na vida. São poucos jovens que pensam e debatem o que querem e o que estão dispostos a fazer para isso acontecer. É difícil, porque não é fácil conseguir as coisas, principalmente pra gente de renda baixa.
Mulher, trans hetero negra, 16 anos, Brasília
"Ser um jovem brasileiro é enfrentar dificuldades dia após dia, e ainda assim superar todas elas de cabeça erguida, é sonhar com um Brasil melhor, é luta dia após dia para ter seus direitos garantidos."
Mulher cis hétero parda, 24, Ensino Superior , Presidente Vargas Maranhão, MA, classe E
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Oportunidade é palavra permanente no discurso dos jovens e está relacionada à muitas faltas, que compõe um conjunto generalizado de falta de perspectiva que contribuiu para um cenário mais pessimista.

A sensação da falta de oportunidade é ampla e acaba revelando todos os tipos de escassez, começando pelo falta de acesso: à informação, à internet, a uma educação de qualidade.

Essas faltas desembocam na falta concreta de oportunidades: empregos, ferramentas e capacitação, referências, exemplos e incentivos.

Mesmo tendo que lidar individualmente com cada um desses desafios diariamente, eles não tem uma visão sistêmica dessas “faltas”. Sua visão é muito mais pontual, por necessidade, que resulta num discurso de exaustão e revolta, que tem impactos na saúde mental desse jovem.

Política

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Uma onda de Politização abrindo caminhos para o futuro

Encontramos jovens altamente interessados em política – curiosamente, muitos são mais interessados em política do que em temas tradicionalmente “jovens”, como música, filmes e séries.

Apesar de ser unanimidade que o jovem deveria ser mais participativo, vêem mais dificuldades do que oportunidades de participação. A maioria vê o jovem com pouco ou quase nenhum espaço. Sentem-se pouco ouvidos e pouco valorizados como atores políticos.

O que ainda os afasta, além de não serem considerados pelos mais velhos, é o nível de corrupção que observam no campo institucional e um sentimento de pessimismo generalizado no campo da política. Alguns não se interessam ou percebem seus amigos desinteressados ou distantes do tema, mas na visão dos próprios jovens, esse grupo já não é mais a maioria.

"Acho que jovem não tem muita voz na política. Acho que isso poderia mudar.”
Homem cis hétero, preto, 27, Ensino Fundamental , Belo Horizonte, MG
"Os jovens precisam fazer parte da política para que as políticas criadas sejam feitas com a perspectiva dos jovens e sejam capazes de atender nossas necessidades reais."
Mulher cis hétero parda, 25, Mestrado/Doutorado , Belém, PA
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Preconceitos

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Na luta diária contra os preconceitos

Encontramos jovens altamente interessados em política – curiosamente, muitos são mais interessados em política do que em temas tradicionalmente “jovens”, como música, filmes e séries.

Apesar de ser unanimidade que o jovem deveria ser mais participativo, vêem mais dificuldades do que oportunidades de participação. A maioria vê o jovem com pouco ou quase nenhum espaço. Sentem-se pouco ouvidos e pouco valorizados como atores políticos.

O que ainda os afasta, além de não serem considerados pelos mais velhos, é o nível de corrupção que observam no campo institucional e um sentimento de pessimismo generalizado no campo da política. Alguns não se interessam ou percebem seus amigos desinteressados ou distantes do tema, mas na visão dos próprios jovens, esse grupo já não é mais a maioria.

"Antirracista, feminismo interseccional, lgbtqi+... Tive contato pela internet e busquei me aprofundar. Atuo pela internet, compartilhando denúncias, assinando petições."
Mulher cis hétero parda, 18, Ensino Médio, Viçosa, MG
Racismo é um problema que não é só dos negros. É um problema que é da sociedade toda, entendeu? Tem mais gente que não aceita: racismo, preconceito dos gays, lésbicas. As pessoas têm a mente fechada, não aceitam. Eu sei que já tem muita informação sobre isso, já estão aceitando mais, mas ainda tem uma minoria que não aceita."
Mulher, indígena hetero cis, 22 anos, Manaus, AM
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Encontramos jovens altamente interessados em política – curiosamente, muitos são mais interessados em política do que em temas tradicionalmente “jovens”, como música, filmes e séries.

Apesar de ser unanimidade que o jovem deveria ser mais participativo, vêem mais dificuldades do que oportunidades de participação. A maioria vê o jovem com pouco ou quase nenhum espaço. Sentem-se pouco ouvidos e pouco valorizados como atores políticos.

O que ainda os afasta, além de não serem considerados pelos mais velhos, é o nível de corrupção que observam no campo institucional e um sentimento de pessimismo generalizado no campo da política. Alguns não se interessam ou percebem seus amigos desinteressados ou distantes do tema, mas na visão dos próprios jovens, esse grupo já não é mais a maioria.

Violência

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A violência que está em todo lugar

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A maioria dos entrevistados relata que o jovem brasileiro sofre muita violência.

O jovem vive um dia a dia permeado por medos das violências físicas (assalto, estupro, agressões) mas também das psicológicas.

Muitas dessas violências estão relacionadas a preconceitos. Enquanto constroem e solidificam suas identidades, muitos conhecem a existência da violência e seus desdobramentos.

“Eu tenho medo de andar sozinha de noite na rua e ser estuprada e também tenho medo de me baterem por causa da minha sexualidade.”
15 anos, Mulher cis hétero, Serra Grande, BA, Educação Fundamental
“Todos os dias que saio na rua e vejo um carro da polícia eu congelo. Toda vez que saio olho para os lados 3423452 vezes para ver se não tem polícia vindo. Quando vejo uma bicicleta, tremo mas sei que o possível ladrão pode ser tão vítima quanto eu, só que do Estado. Tenho medo e sofro todos os tipos de violência estatal, sendo uma mulher negra favelada. A violência tá na estrutura social.”
Mulher cis bissexual preta, 23, Ensino Médio, Ceilândia, DF
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Sexualidade

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Liberdade de orientação afetivo-sexual

A sexualidade é um assunto que não deixa muitas dúvidas acerca da importância de assegurar a liberdade de ser e de se relacionar com quem quiser.

A bandeira é abraçada pela geração de forma bastante ampla e transversal. Jovens oriundos de diferentes backgrounds, mesmo aqueles criados em sistemas de crenças mais rígidos, defendem essa liberdade.

Ter liberdade para experimentar e buscar informações e conteúdos sobre a própria sexualidade acrescenta uma complexidade para a formulação de suas visões. Enquanto o assunto se torna menos tabu, o preconceito e a violência ainda são presentes nesse processo.

"A gente vive a sexualidade experimentando e se descobrindo. A gente percebe mudanças por meio da reflexão e do autoconhecimento, mas com auxílio de alguém ou da internet, facilita muito. A sexualidade afeta em tudo na pessoa; como ela age, como ela vê o mundo e como ela se relaciona com as pessoas."
Mulher cis bissexual, superior/ graduação, 20 anos, Caçapava do Sul, RS, classe D
“Sexualidade pra nossa geração, é uma coisa mais de liberdade, sabe? Ter a escolha de escolher quem você vai ser ou querer."
John DoeCEO
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A sexualidade é um assunto que não deixa muitas dúvidas acerca da importância de assegurar a liberdade de ser e de se relacionar com quem quiser.

A bandeira é abraçada pela geração de forma bastante ampla e transversal. Jovens oriundos de diferentes backgrounds, mesmo aqueles criados em sistemas de crenças mais rígidos, defendem essa liberdade.

Ter liberdade para experimentar e buscar informações e conteúdos sobre a própria sexualidade acrescenta uma complexidade para a formulação de suas visões. Enquanto o assunto se torna menos tabu, o preconceito e a violência ainda são presentes nesse processo.

Juventude negra

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Juventude negra mais consciente e preparada para ocupar espaços

A consciência política, cultural e social entre os jovens negros é maior do que entre os jovens brancos. O discurso sobre a importância de uma agenda antirracista no Brasil e no mundo ganhou muito espaço e profundidade, acompanhado de uma necessidade de estudar, se engajar e lutar por essa bandeira, somando e aumentando o poder de voz.

A pauta LGBTQIA+ também se faz presente, uma vez que a juventude negra é também a que mais sofre a falta de direitos básicos, inclusive e principalmente o direito à existência, diante da violência que permeia a vida desse perfil.

Essa juventude é a que mais percebe seu papel político no dia a dia, fora dos espaços institucionais da política. Sua luta começa na busca por dar amplitude às vozes negras e continua na luta contra o racismo em todos os espaços onde ele acontece.

"desde pequena eu via que eu era diferente, e minha mãe é negra, minhas irmãs são negras, meus familiares são de pele escura, e eu via que a gente passava sempre preconceito pela cor da pele, e eu sempre defendi isso para defender pessoas negras e LGBT, é o que mais me apego a defender.”
Rafaella, 16 anos, Brasília - mulher trans hetero negra
Acredito que nós temos uma geração, principalmente nas periferias do Brasil, influenciada pelos movimentos políticos e culturais dos últimos 42 anos (desde a criação do Movimento Negro Unificado): movimento negro, sindicatos, movimentos de mulheres e as discussões de gênero, ações afirmativas, Estatuto da Criança e do Adolescente, hip-hop, funk. Ser um jovem brasileiro na minha quebrada é ter sido influenciado por tudo isso, ter mais confiança e vontade de mudar as situações de violência política e territorial marcadas pela presença e ausência do estado."
Homem cis hétero preto, 23, Ensino Superior, Poá, SP, classe D
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A consciência política, cultural e social entre os jovens negros é maior do que entre os jovens brancos. O discurso sobre a importância de uma agenda antirracista no Brasil e no mundo ganhou muito espaço e profundidade, acompanhado de uma necessidade de estudar, se engajar e lutar por essa bandeira, somando e aumentando o poder de voz.

A pauta LGBTQIA+ também se faz presente, uma vez que a juventude negra é também a que mais sofre a falta de direitos básicos, inclusive e principalmente o direito à existência, diante da violência que permeia a vida desse perfil.

Essa juventude é a que mais percebe seu papel político no dia a dia, fora dos espaços institucionais da política. Sua luta começa na busca por dar amplitude às vozes negras e continua na luta contra o racismo em todos os espaços onde ele acontece.

Saúde mental

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Solidão para enfrentar as dificuldades gera medo, ansiedade e depressão

Saúde mental é um tema que ganhou mais espaço na vida do jovem – que enfrenta a chegada repentina à idade adulta, onde se cobram e são cobrados pela família e materializam sintomas como ansiedade, insônia, procrastinação, medo e tristeza.

A alta e constante exposição à informação, conteúdo, vieses e comportamentos nas redes sociais, faz com que se sintam, munidos de informação e, ao mesmo tempo, desamparados e sem alguém para conversar.

Novamente, a internet aparece para preencher essas lacunas de acolhimento e compreensão de temas, que os ajudam a entender pelo que estão passando, mas também geram impactos negativos.

"Sofrer abuso na escola sem uma ajuda dos próprios profissionais e pais; ser excluÍdo pelos colegas; não conseguir estudar por pressão e um sentimento horrível te apertando a todo momento."
Pessoa não binária bissexual branca, 18, Ensino Médio , Itinga, MG
"Tenho muito medo do futuro."
Mulher parda hétero sem religião cristão, 17, Pindaí, BA
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Saúde mental é um tema que ganhou mais espaço na vida do jovem – que enfrenta a chegada repentina à idade adulta, onde se cobram e são cobrados pela família e materializam sintomas como ansiedade, insônia, procrastinação, medo e tristeza.

A alta e constante exposição à informação, conteúdo, vieses e comportamentos nas redes sociais, faz com que se sintam, munidos de informação e, ao mesmo tempo, desamparados e sem alguém para conversar.

Novamente, a internet aparece para preencher essas lacunas de acolhimento e compreensão de temas, que os ajudam a entender pelo que estão passando, mas também geram impactos negativos.

Consumo

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A busca por uma relação mais consciente e uma atitude mais crítica no consumo

O discurso de um consumo mais consciente está presente e cada vez mais bem informado e transversal a diferentes perfis. Além de uma maior consciência, a escassez de recursos que boa parte dos jovem vivencia não permitem que ele gaste sem pensar ou consuma o que deseja.

A incerteza do futuro move os critérios de escolha e compra e uma visão de mundo ligada à causa do meio-ambiente impacta também a forma como percebe marcas à sua volta.

“O consumidor tem sua responsabilidade ao eleger um produto ao invés do outro e não quero reforçar marcas que não representam o mundo em que quero viver.“
Mulher cis bissexual branca, 28, , São Paulo, SP
“Penso bastante antes de comprar. Caro é aquilo que a gente não usa. Se não tem vida útil, não tem vida. Tudo carrega um compromisso. Procuro comprar o que acredito que eu vá usar e que esteja agindo de forma positiva na sociedade. Sei que é difícil ter controle e é meio ilusório pensar dessa forma, mas procuro fazer a minha parte.”
Homem cis gay, 23, está na Educação Superior (Graduação), Rio de janeiro, (RJ)
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Metodologia

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A pesquisa realizada pela Talk Inc para o Atlas das Juventudes utilizou duas diferentes metodologias qualitativas para investigar o estilo de vida, comportamento e visões dos jovens brasileiros de 15 a 29 anos:

2600 jovens

foram pesquisados através de um questionário online que contou com 2600 participantes. A capilaridade – que permitiu análises comparativas importantes para um país do tamanho e diversidade do Brasil – foi possível por causa da distribuição do link do questionário por diversas instituições sociais de todas as cinco regiões.

20 jovens

foram entrevistados em profundidade em suas casas ou por videoconferência, entre fevereiro de 2020 e março de 2021. Foram 4 jovens de cada região do Brasil, sendo que aproximadamente metade viviam nas capitais e metade em cidades do interior de seus Estados.
Em ambas as metodologias buscou-se uma distribuição regional e diversidade em termos de gênero, idade, orientação afetivo-sexual, religião, classe social, situação de trabalho e nível de escolaridade.
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