Pensar na juventude como sujeitos-atores capazes de participar de uma forma mais efetiva das transformações sociais, é pensar na valorização das possibilidades de desenvolvimento endógeno. O tema protagonismo juvenil vem sendo discutido nos últimos anos como uma das formas de estímulo ao envolvimento do jovem e como forma de aprendizado da participação democrática. Assim, este artigo tem como objetivo fazer uma discussão teórica acerca dos processos de participação, em especial, sobre o protagonismo da juvenil, como aprendizado da participação. Fez-se um estudo bibliográfico e uma aproximação destes temas no sentido de compreender as relações e a complexidade da problemática. Este artigo é parte dos estudos realizados na dissertação de mestrado intitulada A formação de Protagonismo do Jovem Rural a partir da Pedagogia da Alternância em Casas Familiares Rurais, defendida no ano de 2012, pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Quando tratamos de juventude rural, estamos atentos à uma parcela da população jovem que historicamente foi excluída, e ainda o é, de muitas políticas públicas e processos sociais mais amplos. O protagonismo juvenil é tema recente e vem a contribuir com o rompimento de estigmas ligados à juventude, também o da juventude do campo. A participação democrática é também tema de recentes discussões, bem como os espaços legitimados para tal exercício. Muitos consideram estes espaços, espaços de teatralização do exercício do direito e outros os consideram espaços de legitimação desse direito. Empoderar os jovens para que gradativamente percebam-se como sujeitos-atores, coparticipes de uma realidade mais igualitária a todos, é fundamental, principalmente no processo de fortalecimento da democracia nacional.