Metodologia
Grupo de Jovens Pesquisadores
13 jovens de diferentes realidades são bolsistas colaboradores da iniciativa. Por meio da metodologia de PerguntAção foram conduzidas oficinas online para construção coletiva de todas as etapas dessa produção de conhecimento, desde a definição das perguntas norteadoras, a concepção do questionário, a mobilização para a coleta de respostas, a análise dos resultados e a disseminação de resultados para comunicação e advocacy.
Comitê de Governança
A pesquisa “Juventudes e a Pandemia – E Agora? está na sua terceira edição e é coordenada pelo Atlas das Juventudes, em correalização com Conselho Nacional da Juventude do Brasil (CONJUVE), Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, UNESCO e Visão Mundial. A 3ª edição tem o apoio do Itaú Educação e Trabalho, Global Opportunity Youth Network (GOYN-SP) e UNICEF.
Cada etapa da pesquisa é coordenada e submetida à avaliação e validação pelo grupo de organizações parceiras, que em conjunto são chamadas de Comitê de Governança.
Etapas da pesquisa
Questionário
Foi hospedado na plataforma online SurveyMonkey e respondido entre os dias 18 de julho a 21 de agosto de 2022. Conta com 71 perguntas distribuídas entre cinco principais blocos temáticos: perfil sociodemográfico; saúde; educação; trabalho e renda; e vida pública.
Amostra
Amostragem de conveniência (não probabilística) com monitoramento diário referenciado pela distribuição populacional de jovens para região, faixa etária, gênero e cor/raça de acordo com a Pnad Contínua 2021 (IBGE). Responderam ao questionário 16.326 jovens de todos os estados do país. Tendo em vista a variação no número de respostas por pergunta do questionário, o processamento tomou por base o total de respondentes de cada questão, acolhendo assim as opiniões de jovens que eventualmente, por múltiplos motivos, não puderam completar o questionário.
Ponderação
A aplicação de ponderação a posteriori realizou amostral da distribuição de jovens brasileiros de 15 a 29 anos em termos de Unidades da Federação e faixas etárias. Foi utilizada como referência a Pnad Contínua 2022 (IBGE) e os parâmetros utilizados desde a 1ª edição desta pesquisa.
Nota Técnica
A 3ª edição da pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus seguiu os métodos de coleta de dados estabelecidos nas edições anteriores: por meio de dinâmica de coleta “bola de neve”, foi promovida uma ampla mobilização de redes institucionais e de relacionamento de jovens. Para alcançar o número de mais de 16 mil jovens alcançados em todos os estados brasileiros, os parceiros desta iniciativa e o grupo de jovens pesquisadores convidaram outras organizações da sociedade civil, coletivos juvenis e instituições públicas e privadasa disseminarem o questionário e incentivarem a participação nesta escuta, que se deu por adesão voluntária. A mobilização alcançou majoritariamente mulheres e jovens com 15 a 24 anos.
Assim como nas edições anteriores, os 16 mil jovens que se engajaram para responder o questionário têm, como esperado, um perfil de conexão direta ou indireta com instituições, grupos ou coletivos; dispõem de modos de conexão para estar online (por recursos próprios ou não); têm suficiente domínio de leitura para interagir com o questionário de forma autônoma; são amplamente incluídos no mercado de trabalho (principalmente aprendizes); além de terem disponibilidade e estímulo para contribuírem com a pesquisa.
Ainda que não seja possível calcular a margem de erro de amostragem, a diversidade de conexões constituídas no processo amplia a diversificação de perfis e aproxima a coleta de segmentos específicos populacionais, como povos e comunidades tradicionais, aprendizes, não bináries e outros públicos, com ampla cobertura territorial e abrangência temática. Conscientes dos limites e das potencialidades dessa escolha metodológica, seguimos apostando no valor dessa produção de conhecimento, que diante da urgência do tema e das rápidas mudanças de contexto, têm alto potencial para amplificar a voz de jovens, inspirando e orientando decisões políticas, por meio de evidências, para enfrentar os efeitos da pandemia.